Porque preciso do belo
Porque vou morrer
e quero o eterno
- Não quero eternizar-me;
nem glórias, nem ouro
nem louro quero
Porque no princípio
era o verbo
Porque sinto fome
E o verbo se fez carne
Porque minha boca
e corpo se saciam
nesse banqute de letra
crua
Porque me odeio e não tenho
vocação para suicida e, porque
a folha em branco ainda
me suporta
e assusta
E porque preciso dizer uma palavras
tão doces e ásperas e meigas
- Mas não posso -
E então me tornaria um espantado
- incompreendido? -
-Por que me abandonaste?
Não sou digno da poesia,
- Meus Deus!
Mas escrevo
porque me atrevo - a afronto -
e dela preciso
ela
material
ela
humus para o meu viver:
AVE PALAVRA
cheia de graça,
que te quero pura, que te quero
ainda que desgraçada
Porque a imaterial beleza explode em mim
e... não posso me conter...
porque amo, ... caos ...
desejo, vivo e experiencio ...caos... e
nessa experiência me elevo e sou rebaixado,
e sou mais um no meio ...caos... dessa multidão
de versos e congestionamento de estrofes,
neste caos total
a que chamo poesia.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Stabat Mater
Às vezes me pego relendo algo
que de tão meu me deixa emocionado.
- Meu Deus quem escreveu fui eu?
Muito emocionado: - Sou menos um fraco.
Obrigado Pai pelo dom da letra
Obrigado Filho redentor do verso
Glória ao Espírito do som e ritmo
eterno e à mãe que tem útero. Amém.
Ao pobre que já bem mais forte;
bardo andando à mercê da morte,
vê que jaz um outro filho seu
fruto d'árduas horas e de cardos.
que de tão meu me deixa emocionado.
- Meu Deus quem escreveu fui eu?
Muito emocionado: - Sou menos um fraco.
Obrigado Pai pelo dom da letra
Obrigado Filho redentor do verso
Glória ao Espírito do som e ritmo
eterno e à mãe que tem útero. Amém.
Ao pobre que já bem mais forte;
bardo andando à mercê da morte,
vê que jaz um outro filho seu
fruto d'árduas horas e de cardos.
Efemérides nº2
Passarinho voou voou
no imenso azul anil...
Uma folha caiu caiu
E o vento a arrastou...
Olho dela piscou, fechou
E guardou consigo o meu coração.
no imenso azul anil...
Uma folha caiu caiu
E o vento a arrastou...
Olho dela piscou, fechou
E guardou consigo o meu coração.
Efemérides nº1
Na vida em que eu vivi
perdi tudo o quanto foi de meu
Amputaram-me pernas e braços
Nem os dedos me restaram
para um último adeus.
perdi tudo o quanto foi de meu
Amputaram-me pernas e braços
Nem os dedos me restaram
para um último adeus.
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