sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O meu testamento

A pena, o papel, a caneta,
O teclado do meu computador:
O que seria deles sem mim?
O que seria de mim sem eles?

O melhor de mim são eles,
eles me navegam,
eles me arrebatam,
eu me epigramo com eles.

Poemar foi tudo que sempre quis!
Na verdade, o que sempre
Quis e faço é me livrar
De mim ou de ti

Com eles cavo meu túmulo
Sim, aqui jazo eu,
na quarta dimensão
peremptória do instante

E na lápide, não escrevam nada
pois agora que fui livrado
de agora em diante posso dizer:
o que eu escrevi está escrito.

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